I.
Em mais uma noite, o grande rei Marcos se prepara para mais uma batalha.
Com sua armadura, o corajoso homem é capaz de desviar de qualquer investida, cada movimento do seu corpo é como uma dança em um grande palco, ele sabe cada ação que irá acontecer.
II.
Dizem que ele sequer foi derrotado ou derrubado, todos que tentaram tiveram um fim trágico.
No meio de tanto caos, é inevitável que o rei esbarre nos corpos que estavam por todo lado.
III.
Um corajoso oponente trava uma batalha com o rei, em uma disputa acirrada, Marcos tem o seu peito atingido com um chute, era a primeira queda do...
IV.
Ué? Dormi sentado de novo e não percebi. A obesidade as vezes me proporciona pequenos momentos épicos...
V.
I.
Diego mantinha em casa uma rosa. Por segurança, a deixava trancada e sem sol, regando-a somente o suficiente para que ela não morresse.
A rosa não tinha mais espinhos, pois ele havia os tirado um por um até deixá-la indefesa. Ás vezes até mesmo lhe arrancava uma pétala, só para provar que podia.
II.
Vivendo naquelas condições, a rosa começou a murchar. Já nem mais parecia uma rosa e, em dado momento, até mesmo esqueceu que um dia havia sido uma.
III.
Em uma noite, Diego chegou tão bêbado que quebrou seu vaso. O graveto seco rolou pelo chão, caindo perto da janela. De lá pode ver o jardim e as outras flores.
IV.
Movida então por uma coragem que não sabia ter, Rosa disse basta. Fez suas malas e partiu, sabendo que estava na hora de desabrochar. E, principalmente, que não estava sozinha.
V.
I.
Fico parado observando o homem andar reclinado até o patíbulo, quase curvado até o chão, como se o peso de seus pecados o empurrasse para baixo.
A multidão grita, vaiando o condenado, enquanto o juiz lê seus crimes. Invasão. Roubo. Assassinato.
II.
Me mexo com desconforto e encaro o culpado de frente, relembrando da última vez que havia visto minha esposa, antes de a terem encontrado em meio uma poça de sangue. O homem me encara de volta e um pouco de luta parece voltar aos seus olhos.
Tarde demais.
III.
O chão se abre e a platéia reage com alegria enquanto suas pernas balançam no ar. Eu desvio o olhare espero o espetáculo terminar. Alguém aperta meu ombro e afirma que devo estar aliviado.
E eu realmente estou.
IV.
Agora sem a única testemunha, poderei herdar o dinheiro sem problema. E nunca mais vou ter que aturar aquela mulher novamente.