Pode se dizer que eu estava perdido, no meio do nada, sem nada, e ao mesmo
tempo em uma escuridão total. Tinha deixado São Sebastião do Paraíso, com destino
a Jacuí. Um pequeno povoado, e sudoeste de minas. Quando passei por Paraíso o
ponteiro de meu relógio já passava das cinco horas, e ali sábia que chegaria ao anoitecer.
Dirigindo meu Mustang Shelby preto com duas listras brancas em seu capô, seu
motor de quatro cilíndricos roncava como um avião, contornando as curvas fechadas
da estrada apertada de cor negra com destina a pequena cidadezinha, no caminho,
não encontrava uma única alma viva.
A menos de duas semanas recebi uma ligação. Tava eu em minha casa de
veraneio, de barriga pro ar aproveitando merecidas férias. Quanto o meu celular
tocou, rapidamente corri para atender e para minha surpresa do outro lado da linha
estava uma velha amiga. Roseli, conhecida por Rosa, e posso dizer que era mesmo,
uma verdadeira rosa de beleza.
Meu nome é Dante; sou especialista em resolver casos inexplicáveis, na verdade
sou um Hunter, melhor dizendo um caçador. E minha especialidade são monstros.
Alguns de meus casos são realmente com criaturas do mal, vindo direto do
inferno do submundo, outros casos não passa de falsas histórias, isso acontece muito.
Sempre existem fatos relativos, lendas urbanas, que muitas das vezes não passa de
um engraçadinho querendo pregar uma pesa. Cabe a mim, resolver estes casos.
Rosa me ligou a frita, dizendo que algo misterioso estava acontecendo nesse
povoado. Jacuí, uma pequena cidadezinha do interior, sudoeste mineiro. A cidade foi
fundada por volta do ano de 1750, a corrida mineira do ouro levou ao novo povoado.
Atualmente a fonte de economia do município, é o poder agrícola, com as grandes
lavouras cafeeiras. Com pouco mais de 7502 habitantes, a 971 metros do nível do
mar, Jacuí está na lista das menores cidades da nação brasileira, tem como principais
vizinhos os municípios de São Pedro da União, São Sebastião do Paraíso, Monte
Santo de minas, Itamogi e Fortaleza de Minas.
Não consegui compreender muito bem, Rosa estava muito nervosa, e falava
coisas desconexas. Pelo o que pude entender se tratava de um vampiro, embora já
tivesse cruzado com alguns ao longo de minha vida. Realmente são criaturas da noite,
sanguinárias, rebeldes e loucos por um gole de sangue fresco. Não gosta da luz do
dia, o sol queima sua pele, duas presas enormes se desgarra de sua boca, quanto estão
pronto para atacar, são como uma víbora, que mostra suas longas presas na hora do
bote. Não gosta do sol, alho os rebele, água benta os fere, e sua imagem não reflete
no espelho, as histórias de que uma estaca de madeira cravada em seu peito os leva
a morte, é uma total mentira, isso não resolve em nada. A única forma de matar um
vampiro é decolando sua cabeça.
Embora em alguns de meus casos sobre vampiro, não passava de uma disfunção
mental do agressor. Não se tratava de um vampiro de verdade, fato este que
comprovei na pequena cidade de Monte Santo de minas há alguns anos. Um homem
de nome Benedito avia cometido um crime, matado duas crianças e sugado o seu
sangue, na época achei que podia mesmo ser um vampiro, depois de minhas investigações
constatei que não passava de uma pobre alma atormentada. Naquela situação
Benedito foi internado no sanatório psiquiátrico da cidade de São Sebastião do
paraíso. Anos mais tarde descobri que ele avia fugido. Fato este que me levou a crer
que poderia ser o mesmo Benedito que estava rondando as imediações do pequeno
povoado vizinho. Jacuí é o uma pequena cidade, por não ter muito movimento e
ser cercado por fazendas onde a mata agrega, passa a ser um ótimo esconderijo de
pessoas com antecedentes criminais, não duvidaria que Benedito estivesse por lá, não
vejo um vampiro verdadeiro há muitos anos. Minhas pesquisas me levam a crer que
eles estejam extintos.
Cruzei o último trecho, e avistei a pequena cidade de Jacuí. Rosa ainda morava
na mesma casa, tinha me passado o endereço. E quanto adentrei na cidade, rumei
com meu mustang para a casa da velha amiga.
A casa estava do mesmo jeito da última vez que há vi, o que avia mudado era
a cor, na época era branca, agora estava verde. Quanto toquei a companhia Rosa
apareceu por entre a porta e correu em minha direção com um sorriso do canto de
uma orelha a outra, abriu o portão e me deu um forte a caloroso abraço, seguido de
um leve beijo.
Rosa ficou muito feliz com minha chegada. E pude me colocar a par da situação,
soube de imediato que ocorreram mais dois ataques levando assim mais duas
vítimas. Duas jovens, Ana e Patrícia, ambas de 15 anos. Isso colocava o número de
desaparecido em sete, tirando os que eles encontraram já em óbito nas redondezas da
cidade que tiveram seus sangues drenados.
Com estas novas notícias, não podia eu perder mais nenhum segundo ali.
Tinha que começar minha investigação.
Rosa fez questão de me acompanhar, embora não queria colocá-la em perigo,
não queria que ela viesse comigo, com tudo ela vez questão de me acompanhar. E minha
primeira parada foi ao local onde as primeiras vítimas tinham sido encontradas.
Um pequeno bosque no fim da rua principal a área comercializada do município.
O bosque era na saída do km que levava direto para São Pedro da União.
O pequeno bosque era pouco iluminado, e em sua adjacência levava para uma
fazenda vizinha rodeada por uma mata fechada. Não tive nenhuma dúvida; se tinha
alguma coisa ali, deveria estas naquela mata.
Desci de meu Mustang, abri o porta malas, pequei mais dois pentes de minha
pistola semi automáticas, que já estavam prontas no coldre debaixo de minhas axilas,
encobertas por meu sobre tudo preto. Coloquei os dois pentes em meu cinto juntamente
com alguns outros acessórios. Um rosário, alho, e um cantil com água benta. E
não podia esquecer a bela, e fatal sophitia. Á lâmina que tudo mata. Minha espada de
lâmina longa, á joguei por cima de meu ombro por dentro do sobre tudo, deixando
apenas à haste de seu punho a mostra por de trás de minha cabeça.
Passava das três da madrugada, hora mais que perfeita para caçar um vampiro.
Isso se realmente fosse um vampiro. Antes de adentrar a mata, pedi para que
Rosa ficasse de vigia no carro, por eventuais conseqüências. Deixei uma arma com
ela, por precaução. Adentrei a mata, uma mata fechada, tendo como companhia a
luz das estrelas, a passos lentos, ponderados, vagueie por entre a relva alta, e o solo
úmido. Embreando mata adentro; passos á frente; ouvi um som vindo do centro da
mata, gritos a sussurros, e uma melodia, um rock dos anos oitenta, ‘Sweet Child o
mine’ da banda Guns n’ Roses.
Aproximei calmamente, em direção ao som, e percebi que o som aumentava,
avistei um pano branco, uma tenda rente a uma redoma de árvores; do outro lado, a
sena que observei me deixou pasmo. Estava de frente com uma colméia. Cinco vampiros
dançavam ao redor de duas jovens, três eram machos, e duas fêmeas, mais três
jovens estavam acorrentados a uma árvore. E havia mais dois vampiros machos, na
outra extremidade, juntamente com mais três fêmeas, bebendo e saçaricando.
Seria uma árdua tarefa para livrar os cinco prisioneiros daquele bando.
Já tinha enfrentado outros vampiros, mais nunca tinha visto um bando unido,
já tinha ouvido boatos de vampiros se organizando, formando uma comunidade.
Não pensei que isso fosse realmente verdade.
Enfrentar aquele bando em plena noite, não seria nada inteligente de minha
parte, minha melhor opção era esperar o amanhecer. Recostei-me rente uma copada
de uma árvore e esperei o dia clarear. Pensei que poderia esperar, não foi bem o caso.
Minutos mais tarde, quanto pensei que estava tudo bem, uma dessas feras me
localizou, três deles estavam voltando de uma caçada e acabaram por cruzar comigo
em meu esconderijo, com isso teve início ao embate.
Saltei da copada da árvore, e rolei pelo chão, desviando dos primeiro ataques,
com o barulho, todo o bando ficaram em alerta. Os três que acabara de chegar prostraram
se em minha frente, e outros quatros, chegaram a minhas costas, estava eu
completamente cercado. Saquei de minha semi automáticas e executei os primeiros
disparos, como era de se esperar, não teve nenhum efeito. Um deles arreganhou suas
presas em minha direção, em sinal de desdém, e com um gesto fez sinal para que os
demais me atacassem.
Executei mais disparos, embora não os matasse; pelo menos os tirava de ação
por alguns segundos, isso me dava algum tempo. Com os disparos tirei três de ação,
e corri da direção do que estava mais próximo. Saquei minha sophitia e o golpeie
rapidamente, sua cabeça voou longe. Tal ato deixou os demais mais nervosos.
Começamos ali um embate.
Ataques vinham de ambos os lados, consegui desviar de alguns, mais outros
me atingiam em cheio e suas garras afiadas provocavam largos cortes em minha pele,
com isso estava com um rasco em meu braço esquerdo e um nas minhas costas, o
sangue começava a escoar. Com tudo já tinha abatido mais dois daquelas bestas, os
decapitando.
Depois daquele ato, um macho, com longos cabelos, olhos amarelos, barrou o
ataque dos demais. Fixou-se em minha direção, e me encarou com total veemência.
Isso é só o começo Hunter; ainda iremos nos encontrar, minha rainha, não
ira gostar nada disso, você ira pagar caro pelo que fez. Disse o do olho amarelo
com uma voz entre cortada.
Não ouve tempo para nenhuma resposta de minha parte. O olho amarelo me
lançou outro olhar fulminante e em seguida desapareceram por entre a mata escura,
ocultando seus rastros. Não pude segui-los, ainda mais com as vítimas do bando ali
presente.
Com a ajuda de Rosa que tinha ficado de vigia em meu Mustang, rente ao
bosque, conseguimos tirar as pessoas que estavam prezas no meio da mata. Das cinco
pessoas, duas vieram a falecer, não tivemos muito tempo. Outros dois corpos foram
encontrados nos arredores da colméia.
Apenas dizemos as autoridades, que os jovens se perderam na mata, e que
os mortos foram atacados por algum animal extremamente feroz, mais que tinha
solucionado o problema.
Foi uma correria, mais ainda encontrei um tempo para passar ao lado de
Rosa. Depois daquele embate, uma noite ao lado de uma mulher seria reconfortante.
Foi uma noite maravilhosa.
Acordei por volta das cinco da madrugada, Rosa dormia serenamente, como
um anjo, e não quis acordá-la. Peguei minhas coisas, despedi de Rosa com um leve
beijo em seu rosto, e deixei Jacuí para trás. Aquele problema ali tinha sido resolvido,
mais outro acabara de encontrar. Os vampiros estavam se organizando, estavam eles
agora em bandos, e o que me impressionou, foi que eles tinham uma rainha. Isso me
levava a crer que minha luta com aquelas bestas, estava apenas começando.
FIM
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